A merenda escolar de Pratânia passou por grandes mudanças nos últimos meses. Com um trabalho nutricional que visa atender as diretrizes do PNAE (Plano Nacional de Alimentação Escolar), os alunos passaram a receber refeições balanceadas e bem diferentes do que eles estavam acostumados.
Antes a merenda escolar era rica em embutidos como salsichas, linguiças, nuggets e pobre em legumes, verduras. A merenda escolar hoje é composta por uma proteína, que pode ser de origem animal ou não, legumes, verduras, cereais como arroz, feijão e de sobremesa fruta.
“No início ficamos apreensivos em como seria a receptividade das crianças, afinal eles estavam acostumados a comer muitos produtos embutidos, e nossa proposta era agregar a merenda escolar mais frutas, legumes e verduras. Reduzimos a praticamente zero o consumo de embutidos como salsichas e linguiças, deixamos esse tipo de produto para datas comemorativas como a semana da criança que oferecemos cachorro-quente, hambúrguer, pizza”, conta a nutricionista Aline Albano.
Risoto de proteína de soja com legumes, carne com mandioquinha, macarrão à bolonhesa enriquecido com beterraba, quibe assado com abóbora, frango com especiarias e molho de laranja, farofa de cenoura com aveia são algumas das receitas que fazem parte do dia a dia da merenda escolar de Pratânia.
“Muitos estudos já comprovam os benefícios da alimentação saudável e a educação para hábitos alimentares deve começar ainda na infância. Sempre que vamos colocar alguma receita nova no cardápio fazemos o teste de aceitabilidade com as crianças, temos um quadro onde elas avaliam a qualidade da merenda e o mais legal é que até hoje não tivemos nenhuma receita reprovada pelas crianças”, destaca a nutricionista.
Além das ações diretas na merenda a nutricionista destaca a elaboração do Manual de Boas Práticas na Alimentação Escolar e os Procedimentos Operacionais Padronizados; implantação de cardápio individualizado para alunos que comprovem necessidade de dieta especial, levantamento de dados dos alunos sobre hábitos alimentares e doenças relacionadas à alimentação como diabetes, alergias, intolerância entre outras.
O município também está em fase de implantação do projeto “Segunda sem carne” em parceria com a Humane Society Internacional (HSI) cujo principal objetivo é conscientizar as pessoas sobre os impactos que o uso de produtos de origem animal na alimentação tem sobre a saúde humana e o meio ambiente. A ideia é tirar os produtos de origem animal, ao menos uma vez na semana, e descobrir novos sabores e combinações.